Postulado 9

          A parábola das bodas

1 Então Jesus tornou a falar-lhes por parábolas, dizendo:
2 O reino dos céus é semelhante a um rei que celebrou as bodas de seu filho.
3 Enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas, e estes não quiseram vir.
4 Depois enviou outros servos, ordenando: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado; os meus bois e cevados já estão mortos, e tudo está pronto; vinde às bodas.
5 Eles, porém, não fazendo caso, foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio;
6 e os outros, apoderando-se dos servos, os ultrajaram e mataram.
7 Mas o rei encolerizou-se; e enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade.
8 Então disse aos seus servos: As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não eram dignos.
9 Ide, pois, pelas encruzilhadas dos caminhos, e a quantos encontrardes, convidai-os para as bodas.
10 E saíram aqueles servos pelos caminhos, e ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e encheu-se de convivas a sala nupcial.
11 Mas, quando o rei entrou para ver os convivas, viu ali um homem que não trajava veste nupcial;
12 e perguntou-lhe: Amigo, como entraste aqui, sem teres veste nupcial? Ele, porém, emudeceu.
13 Ordenou então o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.
14 Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.

          A questão do tributo

15 Então os fariseus se retiraram e consultaram entre si como o apanhariam em alguma palavra;
16 e enviaram-lhe os seus discípulos, juntamente com os herodianos, a dizer; Mestre, sabemos que és verdadeiro, e que ensinas segundo a verdade o caminho de Deus, e de ninguém se te dá, porque não olhas a aparência dos homens.
17 Dize-nos, pois, que te parece? É lícito pagar tributo a César, ou não?
18 Jesus, porém, percebendo a sua malícia, respondeu: Por que me experimentais, hipócritas?
19 Mostrai-me a moeda do tributo. E eles lhe apresentaram um denário.
20 Perguntou-lhes ele: De quem é esta imagem e inscrição?
21 Responderam: De César. Então lhes disse: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.
22 Ao ouvirem isso, ficaram admirados; e, deixando-o, se retiraram.
23 No mesmo dia vieram alguns saduceus, que dizem não haver ressurreição, e o interrogaram, dizendo:
24 Mestre, Moisés disse: Se morrer alguém, não tendo filhos, seu irmão casará com a mulher dele, e suscitará descendência a seu irmão.
25 Ora, havia entre nós sete irmãos: o primeiro, tendo casado, morreu: e, não tendo descendência, deixou sua mulher a seu irmão;
26 da mesma sorte também o segundo, o terceiro, até o sétimo.
27 depois de todos, morreu também a mulher.
28 Portanto, na ressurreição, de qual dos sete será ela esposa, pois todos a tiveram?
29 Jesus, porém, lhes respondeu: Errais, não compreendendo as Escrituras nem o poder de Deus;
30 pois na ressurreição nem se casam nem se dão em casamento; mas serão como os anjos no céu.
31 E, quanto à ressurreição dos mortos, não lestes o que foi dito por Deus:
32 Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó? Ora, ele não é Deus de mortos, mas de vivos.
33 E as multidões, ouvindo isso, se maravilhavam da sua doutrina.

          O grande mandamento

34 Os fariseus, quando souberam, que ele fizera emudecer os saduceus, reuniram-se todos;
35 e um deles, doutor da lei, para o experimentar, interrogou-o, dizendo:
36 Mestre, qual é o grande mandamento na lei?
37 Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento.
38 Este é o grande e primeiro mandamento.
39 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.
40 Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.

          Cristo Filho de Davi

41 Ora, enquanto os fariseus estavam reunidos, interrogou-os Jesus, dizendo:
42 Que pensais vós do Cristo? De quem é filho? Responderam-lhe: De Davi.
43 Replicou-lhes ele: Como é então que Davi, no Espírito, lhe chama Senhor, dizendo:
44 Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos de baixo dos teus pés?
45 Se Davi, pois, lhe chama Senhor, como é ele seu filho?
46 E ninguém podia responder-lhe palavra; nem desde aquele dia jamais ousou alguém interrogá-lo.

Esta parábola diz respeito ao grande dia da Salvação.
Temos aqui também o grande número de avisos e chamados que nosso Deus faz ao longo de nossa via acerca de nossa salvação; acerca da salvação de nossa alma.
Alguns dizem perante Deus, eu não agüento mais esta prova, o Senhor não veio ao meu encontro, estarei desistindo desta opção de vida (vida com Cristo Jesus); voltarei para o mundo.
Com esta atitude, não poderá haver mais cobrança a Deus.
Por tão pouco vós abandonareis tudo? Toda a esperança? Jamais podeis esquecer que esta vida terrena não permanece! Vai ter um fim, vais apostar todas as fichas em algo que vai acabar? Claro que não!
Pela Palavra foram dadas fé e paciência para continuarmos vivos! Sim, vivos perante Deus, vivos perante Sua doutrina.
Tudo está preparado por Deus, novos céus, nova terra!
Atenteis para isto aqui: "não fazendo caso, foram, um para o seu campo, outro para o seu tráfico; E os outros apoderando-se dos servos, os ultrajaram e mataram..."
Tomeis cuidado com as coisas de Deus; deveis dar a devida importância. Muitos dos aqui presentes vêem as coisas do mundo, seus afazeres domésticos / do trabalho mais importantes que a salvação da alma. Acham esta vida mais importante que a vida eterna. Esta vida é apenas um caminho curto; um lampejo para alcançarmos a eternidade. Para qual deveis dar importância?
Por esta Palavra, nosso Deus dá um aviso a todos os presentes:
- Não dizeis depois que não tivestes uma chance, que Eu não vos convidei.
Com o nosso batismo todos recebemos um convite, o que vamos fazer com ele? Vamos rasgá-lo? Vamos perdê-lo? De certo que não. Ele é o nosso passaporte para a vida eterna.
O Senhor, na figura do rei desta parábola, encolerizou-se e, e enviando os Seus exércitos, destruiu aqueles homicidas e incendiou a sua cidade.
O que queremos para nossas vidas, a ira de Deus ou Sua salvação? Queremos uma festa eterna no céu.
Temos aqui também uma referência ao que ia acontecer com Jesus. Jesus ao proferir esta parábola, estava dizendo de si próprio, como o verdadeiro anunciador do Evangelho de Salvação, para o povo judeu, a recusa de alguns e sua morte na cruz.
As dizer as bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não eram dignos, anunciou que os gentios também seriam convidados, o evangelho para todos os homens, para todas as nações. Aí temos: - Ide, pois, às saídas dos caminhos e convidai para as bodas a todos que encontrardes.
Foi nesta decisão do Senhor que foi-nos revelados a Palavra e Salvação de Deus.
Tanto maus como bons, o anúncio também foi para os pecadores. Foi dito pela Palavra que ao aceitarmos Jesus Cristo, começamos a nos preparar para festa nupcial, pela Palavra foram trocadas todas as vestes de todos os presentes.
O Senhor está preparando Sua igreja! Vejamos em Salmos: Levá-la-ão ao rei com vestidos bordados; as virgens que a acompanham à trarão a ti com alegria e regozijo serão trazidas; elas entrarão no palácio do rei (Salmo 45.14-15).
No dia do Senhor, o Senhor examinará todos os homens e aqueles que não tiverem as vestes apropriadas se calarão e se submeterão a condenação eterna; serão lançados às trevas exteriores, onde haverá pranto e ranger de dentes. Quem não estiver na luz estará em trevas.
Diante de Deus aquele que não estiver Nele (com Ele) emudece.
Eis o aviso do Senhor: cumprireis Minha vontade! Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos!
Deus seja louvado. Amém!
Glória a Deus! Glória a Jesus!